sábado, 21 de março de 2015

Como fazer um resumo? Aprenda a sumarizar!



                                                                     Andréa Motta

Eu e meus alunos do último ano do Ensino  Médio  estamos estudando dois importantes  gêneros textuais: o resumo e a resenha.  Uma das  dificuldades  que os  estudantes  costumam  relatar é a dificuldade que sentem  para  selecionar os dados  mais relevantes  do texto a ser resumido. Assim,  mostrei aos   alunos um dos processos essenciais na  redação de resumos: a sumarização.
Antes de produzir o resumo, é importantíssimo compreender o sentido do global do texto a  ser resumido. Inicialmente, fazemos uma  leitura inspecional  (aquele nível em  que  o leitor  apenas  “passa os olhos” pelo texto), em busca de  algumas  informações:  Quem é o  autor? Qual é o gênero textual? Quando e onde foi publicado? Qual  é o tema? Posteriormente, buscamos identificar as  principais ideias  do texto por meio da compreensão de  vocabulário e, por último,  localizamos as informações  mais relevantes. É nesse ponto que  surge o  problema do redator: como  apresentar tais  dados sem escrever  um resumo  muito longo e sem ignorar  os dados importantes do texto original? É nesse ponto que observamos o  quanto o processo de  sumarização é fundamental!
Anna Rachel Machado (2004)  indica, pelo  menos, sete estratégias  de  sumarização.  Eu selecionei alguns textos e  os sumarizei,  com  base nas  estratégias listadas pela autora.
1.Apagamento de conteúdos facilmente inferíveis a partir  do conhecimento de  mundo.
Exemplo:
Após  o céu  ficar  cinza,   caiu um imenso temporal.
Sumarização: Caiu  um imenso temporal.
Informações excluídas e comentário: O  fato de  o   céu  ficar  cinza  antes do temporal é inferível, devido ao nosso conhecimento de mundo.
2. Apagamento de  sequências de  expressões que indicam sinonímia ou explicação.
Exemplo:
Em termos de  estrutura  narrativa, isto é, a  forma  como são apresentados os  fatos narrados, o romance de 30 é, fundamentalmente, linear. (DACANAL, 2001, p. 17)
Sumarização: Em termos de estrutura  narrativa,  o  romance de 30 é linear.
Informações excluídas e comentário: A  oração introduzida  por “isto é” é a explicação de “estrutura narrativa”.
3. Apagamento de exemplos.
Exemplo:
Vestido de noiva
Uma característica inovadora desta  peça de  Nelson Rodrigues está  no  uso poético e provocador que ele  faz das  rubricas, as  indicações para a cena que  o autor põe  no texto como orientação. Por exemplo, há   homens e mulheres que são descritos como “inatuais”.  O  que  quer  dizer isso? A  certa altura, a rubrica diz que Alaíde apanha  um ferro  “ou  coisa que  o valha” para malhar a cabeça de Pedro,  seu marido. Que  “coisa   que  o  valha é essa?” (AGUIAR, 2004, p. 85)
Sumarização: Uma característica desta  peça é o uso inovador que  o autor  faz  das rubricas.
Informações excluídas e comentário:  As  estratégias utilizadas foram o apagamento de expressões  explicativas e apagamento dos exemplos.
4. Apagamento das  justificativas de  uma  afirmação.
Exemplo:
O  principal suspeito de  assassinato era o  marido:  era  ciumento  e  não tinha  um álibi. (MACHADO, idem, p. 26)
Sumarização: O  principal  suspeito  de  assassinato era o  marido.
Informações excluídas e comentário: as  orações eliminadas   indicam  os   motivos pelos  quais  o marido  foi considerado suspeito.
5. Apagamento de  argumentos contra a posição do autor.
Exemplo: A pena de  morte tem muitos argumentos a seu favor, mas  nada justifica tirar  a vida do semelhante.  (MACHADO, idem, p. 26)
Sumarização: Nada justifica tirar a vida do semelhante.
Informações excluídas e comentário: O período é coordenado pela conjunção “mas”  que  une  duas ideias  opostas. A posição do autor está explícita na  segunda  oração.
6. Reformulação das  informações, utilizando termos  mais genéricos.
Exemplo:
Miguilim (trecho)
Um certo Miguilim morava com a  mãe, seu  pai e seus irmãos,  longe,  longe daqui, muito depois  da Vereda-do-Frango-d’Água e  de outras veredas  sem nome ou   pouco conhecidas, em   um ponto remoto no Mutúm. (ROSA, 2001, p. 7)
Sumarização: Miguilim morava com a  família, longe dali,  no Mutúm.
Informações excluídas e comentário: Algumas informações do texto original foram reformuladas e substituídas por outras  mais genéricas (o trecho “mãe, pai e seus  irmãos” foi substituído por “família”);  o  adjunto adverbial de  lugar “longe,  longe daqui…”  foi reescrito para  eliminar  o advérbio recorrente  e  adequar a  escrita a um texto na terceira pessoa do discurso  (“longe dali“). Também utilizei o apagamento de  umas das  informações, que servia apenas  para intensificar a descrição sobre a  distância do local (“muito depois  da Vereda-do-Frango-d’Água e  de outras veredas  sem nome ou   pouco conhecidas”).
7. Conservação de  todas as  informações,  dado que elas  não são resumíveis. Exemplo:
A  linguística moderna surge  quando Saussure, no Curso de Linguística Geral (1969),  estabelece  seu  objeto.
Comentário: As informações não são resumíveis.
Podemos  concluir  que  o  processo de  sumarização envolve a  compreensão  global do texto, por  meio da qual são identificadas a  ideia principal e  as  secundárias.
Confira no blog:
Como fazer  um bom resumo?  – Veja  quais são as  outras  características do gênero textual resumo.
Referências bibliográficas:
AGUIAR, F. Apresentação da peça. In: RODRIGUES,  N.  Vestido de noiva. 2.ed. Rio de  Janeiro:  Nova Fronteira, 2004.
DACANAL, J.H. Romance  de  30. 3.ed. Porto Alegre: Novo Século, 2001.
MACHADO,  A.R.; LOUSADA, E. ; ABREU-TARDELLI,  L. S. Resumo.   São Paulo:  Parábola, 2004.

 ROSA, G.  Manuelzão e Miguilim. 11.ed. Rio de  Janeiro: Nova  Fronteira, 2001

quinta-feira, 19 de março de 2015

PORTAL MATEMÁTICO


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Entenda a estrutura da dissertação (e veja como planejar a sua)

Ana Lourenço | 18/03/2015






Um grande sábio já disse: organização é o segredo para atingir o sucesso. Brincadeira, inventei essa frase agora, mas ela não deixa de ser verdade. Assim, se você quer arrasar na redação, uma das primeiras coisas que deve aprender é a organizar e estruturar o seu texto. Não é difícil. 
Primeiro, vamos entender como a dissertação funciona. Ela é dividida em três partes: a introdução, o desenvolvimento e a conclusão.



Consultoria
Redação – Manual de sobrevivência para concursos e vestibulares
Juarez Nogueira
Editora Autêntica
Redação de textos dissertativos – Concursos, vestibulares, Enem
Luiz Ricardo Leitão (org.), Manoel de Carvalho Almeida e Manuel Ferreira da Costa
Editora Ferreira


domingo, 15 de março de 2015

TEORIA QUÂNTICA

Sugestão de vídeo enviada por  Júlio Osmano

Transcrevo seu comentário sobre o vídeo.
"Uma boa sugestão de vídeo que talvez poderia ser mostrado em sala para que o resto dos alunos em geral entendam um pouco mais do contexto histórico dos assuntos que nós estamos estudando agora, .......  de qualquer forma é um ótimo vídeo.




sábado, 14 de março de 2015

Tabela Periódica

A tabela periódica pode assustar um pouco, mas é uma grande aliada na hora de estudar!
Veja tudo que você precisa saber sobre essa ferramenta:http://abr.ai/1y9CkJP

Veja 4 técnicas para virar um especialista em interpretação de texto


Quantas vezes você já leu um texto e não entendeu nada do que estava escrito ali? Leu, releu e, mesmo assim, ainda ficou com um nó na cabeça? Eu mesma já fiquei assim muitas vezes! Pensando nisso, listamos 4 técnicas para fazer de você um mestre na interpretação! Depois disso, vai ficar fácil entender até os mais complexos manuais de instrução (ok, talvez nem tanto, mas você vai arrebentar no vestibular!).

Antes de tudo, vamos explicar como se dá o processo de interpretação. A Hermenêutica, a área da filosofia que estuda isso, diz que é preciso seguir três etapas para se obter uma leitura ou uma abordagem eficaz de um texto: a) Pré-compreensão: toda leitura supõe que o leitor entre no texto já com conhecimentos prévios sobre o assunto ou área específica. Isso significa dizer, por exemplo, que se você pegar um texto do 3º ano do curso de Direito estando ainda no 1º ano, vai encontrar dificuldades para entender o assunto, porque você não tem conhecimentos prévios que possam embasar a leitura.
b) Compreensão: já com a pré-compreensão ao entrar no texto, o leitor vai se deparar com informações novas ou reconhecer as que já sabia. Por meio da pré-compreensão o leitor “prende”  a informação nova com a dele e “agarra” (compreende) a intencionalidade do texto. É costume dizer: “Eu entendi, mas não compreendi”. Isso significa dizer que quem leu entendeu o significado das palavras, a explicação, mas não as justificativas ou o alcance social do texto.
c) Interpretação: agora sim. A interpretação é a resposta que você dará ao texto, depois de compreendê-lo (sim, é preciso “conversar” com o texto para haver a interpretação de fato). É formada então o que se chama “fusão de horizontes”: o do texto e o do leitor. A interpretação supõe um novo texto. Significa abertura, o crescimento e a ampliação para novos sentidos.



Sabendo disso, aqui vão 4 dicas para fazer com que você consiga atingir essas três etapas! Confira abaixo:
1) Leia com um dicionário por perto
Não existe mágica para atingir a primeira etapa, a da pré-compreensão. O único jeito é ter um bom nível de leituras. Além de ler bastante, você pode potencializar essa leitura se estiver com um dicionário por perto. Viu uma palavra esquisita, que você não conhece? Pegue um caderninho (vale a pena separar um só pra isso) e anote-a. Em seguida, vá ao dicionário e marque o significado ao lado da palavra. Com o tempo o seu vocabulário irá crescer e não vai ser mais preciso ficar recorrendo ao dicionário toda hora.
2) Faça paráfrases
Para chegar ao nível da compreensão, é recomendável fazer paráfrases, que é uma explicação ou uma nova apresentação do texto,  seguindo as ideias do autor, mas sem copiar fielmente as palavras dele. Existem diversos tipos de paráfrase, só que as mais interessantes para quem está estudando para o vestibular são três: a paráfrase-resumo, a paráfrase-resenha e paráfrase-esquema.
- Paráfrase-resumo: comece sublinhando as ideias principais, selecione as palavras-chave que identificar no texto e parta para o resumo. Atente-se ao fato de que resumir não é copiar partes, mas sim fazer uma indicação, com suas próprias palavras, das ideias básicas do que estava escrito.
- Paráfrase-resenha: esse outro tipo, além dos passos do resumo, também inclui a sua participação com um comentário sobre o texto. Você deve pensar sobre as qualidades e defeitos da produção, justificando o porquê.
- Paráfrase-esquema: depois de encontrar as ideias ou palavras básicas de um texto, esse tipo de paráfrase apresenta o esqueleto do texto em tópicos ou em pequenas frases. Você pode usar setinhas, canetas coloridas para diferenciar as palavras do seu esquema… Vai do seu gosto!
3) Leia no papel
Um estudo feito em 2014 descobriu que leitores de pequenas histórias de mistério em um Kindle, um tipo de leitor digital, foram significantemente piores na hora de elencar a ordem dos eventos do que aqueles que leram a mesma história em papel. Os pesquisadores justificam que a falta de possibilidade de virar as páginas pra frente e pra trás ou controlar o texto fisicamente (fazendo notas e dobrando as páginas) limita a experiência sensorial e reduz a memória de longo prazo do texto e, portanto, a sua capacidade de interpretar o que aprendemos. Ou seja, sempre que possível, estude por livros de papel ou imprima as explicações (claro, fazendo um uso sábio do papel, sem desperdícios!). Vale fazer notas em cadernos, pois já foi provado também que quem faz anotações à mão consegue lembrar melhor do que estuda.
4) Reserve um tempo do seu dia para ler devagar
Uma das maiores dificuldades de quem precisa ler muito é a falta de concentração. Quem tem dificuldades para interpretar textos e fica lendo e relendo sem entender nada pode estar sofrendo de um mal que vem crescendo na população da era digital. Antes da internet, o nosso cérebro lia de forma linear, aproveitando a vantagem de detalhes sensoriais (a própria distribuição do desenho da página) para lembrar de informações chave de um livro. Conforme nós aumentamos a nossa frequência de leitura em telas, os nossos hábitos de leitura se adaptaram aos textos resumidos e superficiais (afinal, muitas vezes você tem links em que poderá “ler mais” – a internet é isso) e essa leitura rasa fez com que a gente tivesse muito mais dificuldade de entender textos longos.
Os especialistas explicam que essa capacidade de ler longas sentenças (principalmente as sem links e distrações) é uma capacidade que você perde se você não a usar. Os defensores do “slow-reading” (em tradução literal, da leitura lenta) dizem que o recomendável é que você reserve de 30 a 45 minutos do seu dia longe de distrações tecnológicas para ler. Fazendo isso, o seu cérebro poderá recuperar a capacidade de fazer a leitura linear. Os benefícios da leitura lenta vão bem além. Ajuda a reduzir o estresse e a melhorar a sua concentração!
Depois de treinar bastante e ler muito, você estará pronto para interpretar os mais diversos tipos de texto! Mãos à obra! :D

Consultoria:
Livro
Redação de textos dissertativos – Concursos, vestibulares e Enem
Luiz Ricardo Leitão (Org.), Manoel de Carvalho Almeida, Manuel Ferreira da Costa
Editora Ferreira
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CURIOSIDADE

QUINTA CONFERENCIA DE SOLVAY DE 1927


As conferências de Solvay são realizadas desde 1911. No começo do século XX, elas reuniam os mais consagrados cientistas da época, e proporcionaram avanços fundamentais para a Física Quântica. Foram realizadas no Instituto Internacional de Solvay de Física e Química, localizado em Bruxelas, fundado pelo químico industrial belga Ernest Solvay.                                                          
          Na  quinta  edição, que foi talvez a mais famosa conferência, em 1927, sobre elétrons e fótons, a recém formulada teoria quântica foi discutida com as personalidades dominantes Albert Einstein e Niels Bohr (debate Einstein-Bohr). 17 dos 29 participantes possuiam ou receberiam o Prêmio Nobel. Vejam que time aparece na maravilhosa foto colorizada desta postagem.
Com tanto nome de peso (ou massa?)                                                                                 

Censo ou senso? Veja se você sabe usar palavras parecidas, mas com significados diferentes



Disponível:http://educacao.uol.com.br/quiz/2014/10/22/censo-ou-senso-veja-se-voce-sabe-usar-palavras-parecidas-mas-com-significados-diferentes.htm

RETORNANDO

Depois de greve, passeatas, debates,reuniões, conquistas, planejamentos  estamos de volta. 
Para iniciar ,uma reflexão:

HOJE É TEMPO DE SER FELIZ!
                                                         (Pe. Fábio de Melo)

A vida é fruto da decisão de cada momento. Talvez seja por isso, que a ideia de plantio seja tão reveladora sobre a arte de viver. 

Viver é plantar. É atitude de constante semeadura, de deixar cair na terra de nossa existência as mais diversas formas de sementes. 

Cada escolha, por menor que seja, é uma forma de semente que lançamos sobre o canteiro que somos. Um dia, tudo o que agora silenciosamente plantamos, ou deixamos plantar em nós, será plantação que poderá ser vista de longe... 

Para cada dia, o seu empenho. A sabedoria bíblica nos confirma isso, quando nos diz que "debaixo do céu há um tempo para cada coisa!" 

Hoje, neste tempo que é seu, o futuro está sendo plantado. As escolhas que você procura, os amigos que você cultiva, as leituras que você faz, os valores que você abraça, os amores que você ama, tudo será determinante para a colheita futura.