quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

NOVO TIPO DE LIGAÇÃO QUÍMICA IDENTIFICADO

Hora de vibrar bastante


Depois de décadas de expectativa, pesquisadores da Universidade de British Columbia, no Canadá, identificaram um novo tipo de ligação química, chamada de “ligação vibracional”.
Essa ligação parece quebrar a lei da Química que afirma que se a temperatura de um sistema reacional aumenta, a taxa da reação também aumenta. Em 1989, uma equipe de cientistas da Universidade de British Columbia, no Canadá, investigou as reações de halogênios com o muônio (Mu) – um isótopo peculiar do hidrogênio constituído de um antimúon (muon de carga positiva, no lugar do próton) e um elétron -, em um acelerador nuclear em Vancouver. O muon é considerado uma das partículas subatômicas (leptons), junto com o elétron, o tau e o neutrino. Os experimentos conduzidos com diflúor (F
2) e dicloro (Cl2) levaram ao comportamento habitual: o aquecimento acelera a taxa da reação, mas ao tentarem com dibromo (Br2), a taxa de reação aumentou quando a temperatura diminuiu.
Donald Flemming, membro da equipe da universidade canadense, supôs que o bromo e o muônio formavam um estado de transição intermediário composto de um átomo leve (muônio) ladeado por dois átomos pesados (os de bromo). Tal estrutura não seria mantida por forças do tipo Wan der Waals, como seria esperado, mas por algum tipo de ligação ‘vibracional’ temporária, hipótese proposta no início dos anos 1980. Segundo essa hipótese, o átomo de muônio se moveria rapidamente entre os dois átomos de bromo, como “uma bola de pingue-pongue se chocando entre duas bolas de boliche”. O átomo oscilante de muônio manteria os dois átomos de bromo juntos, reduzindo com isso a energia total ,e portanto, a taxa de reação.
Naquela época não havia instrumental capaz de confirmar se este tipo de ligação ocorria pois a reação dura questões de poucos milissegundos. Mas hoje a situação mudou e a equipe de pesquisadores empregou o acelerador nuclear do Rutherford Appleton Laboratory, na Inglaterra. Com base nos cálculos de ambos os experimentos (1989 e 2014) e no trabalho de químicos teóricos colaboradores da Free University de Berlin e da Universidade de Saitama no Japão, eles concluíram que o bromo e o muônio realmente formavam um novo tipo de ligação, de natureza temporária. A natureza vibracional dessa nova ligação reduziu a energia total do intermediário bromo-muônio, BrMuBr, explicando assim o porque da velocidade da reação ter diminuído com o aumento da temperatura.
O grupo publicou os resultados no periódico da Sociedade Química Alemã, “Angewandte Chemie International Edition”. Esse trabalho indica que as ligações vibracionais devem ser adicionadas à lista de ligações químicas conhecidas. Fleming prevê que esse tipo de ligação deve ocorrer em outras reações que possuem átomos leves e pesados, onde se costuma afirmar que forças do tipo van der Waals estão em jogo.
Eis aqui mais um tópico novo para ser estudado pelos universitários nas disciplinas de química no futuro. 
Tradução livre e adaptação do original publicado na revista Scientific American.
A matéria completa se acha neste link:
http://www.sciencealert.com/new-type-of-chemical-bond-disco…
donde provêm a figura deste post.
Para saber mais sobre o muon veja (em inglês):
http://en.wikipedia.org/wiki/Muon

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

A QUÍMICA DO SUOR

Não basta só repor a água que se perde

Já que estamos falando de água em nosso organismo, apresentamos novo post relativo a esse assunto. Muitos devem ser perguntar: o que tem no suor?
Claro, a água é o componente principal, pois é o veículo de condução dos demais componentes de nosso suor. Como a água pura é inodora, o cheiro de nosso suor advém dos solutos dissolvidos nela. Veja a figura. Os cátions são basicamente os íons sódio, potássio, magnésio e cálcio (também aparece traços do íon amônio, [NH4]+. Já os ânions têm forte predominância do íon cloreto; as diferentes proporções dos ânions derivados de ácidos carboxílicos, incluindo os aminoácidos, dão os diferentes cheiros dos suores, e isso permite que animais de faro apurado (como os cães) reconheçam seus donos através do suor característico deles.
A evaporação do suor consome considerável quantidade de calor (pois a água tem uma capacidade calorífica elevada), levando ao resfriamento de nosso corpo. O suor é parte de nosso mecanismo de termorregulação corporal.
O assunto não acaba aí. Se é evidente a partir do post anterior que beber água é essencial para o equilíbrio de nosso organismo, deve-se também repor os chamados eletrólitos que perdemos diariamente, especialmente pelo suor e pela urina: cálcio, magnésio, sódio, potássio, cloreto etc. É comum, depois de atividades físicas e dias de calor intenso, que se recomende a ingestão dos chamados repositores hidrolíticos ou isotônicos, que são suplementos destinados a hidratar nosso corpo, repondo água e eletrólitos perdidos com o suor, uma vez que contêm em sua composição água, sais minerais e carboidratos.
O INMETRO testou vários desses repositores. Confira em                 http://www.inmetro.gov.br/…/produ…/repositor_hidroeletro.asp

Disponível em: 
https://www.facebook.com/QualitativaInorgUfrj/photos/a.597891616906581.1073741825.577116068984136/984522841576788/?type=1&theater

O EQUILÍBRIO DA ÁGUA EM NOSSO ORGANISMO


Hidrate-se sempre.
Nestes tempos de calor implacável, vamos recordar como se dão as entradas e saídas de água em nosso organismo. Na figura, vemos que existem três fontes de obtenção de água: bebidas, alimentos (todos os alimentos sólidos contem algum % de água) e a própria água produzida no nosso metabolismo. A ingestão de líquidos responde por quase 2/3 da água total que obtemos diariamente.

Por outro lado, as perdas de água são várias: quando fazemos força (você já viu como ficam os atletas quando treinam ou competem?), suor, transpiração cutânea (pela pele, sem produzir suor), na expiração (o ar que sai dos pulmões contém sempre umidade) e, muito especialmente, na urina. Por isso, a avaliação da urina é um importante indicador do estado de seu organismo.

Os dois balanços apontam para um valor médio de 2,5 L/dia. 
Portanto, para manter uma boa saúde e afastar o risco de desidratação, beba sempre água.

Imagem adaptada do original produzido por Pearson Education Inc


Disponível em: https://www.facebook.com/QualitativaInorgUfrj/photos/a.597891616906581.1073741825.577116068984136/984357194926686/?type=1&theater

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

MEC publica calendário das edições 2015 do Sisu e ProUni

Foi definida também uma pontuação mínima no Enem para participação no ProUni
da redação | 05/01/2015 11h 39
As inscrições para as edições 2015 do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e do Programa Universidade para Todos (ProUni) foram definidas, nesta segunda-feira (5), no edital publicado no Diário Oficial da União pelo Ministério da Educação (MEC). As inscrições do Sisu começarão no dia 19 de janeiro, indo até o dia 22. Já as do ProUni terão início no dia 26 do mesmo mês, até o dia 29.

As inscrições devem ser realizadas exclusivamente no site dos programas. A primeira chamada do Sisu será divulgada no dia 26 de janeiro, e a do ProUni, no dia 2 de fevereiro.
Pode se inscrever no Sisu quem fez o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2014 e não zerou a redação, para concorrer a vagas em universidades públicas. Para participar do ProUni, o estudante também deve ter participado do Enem 2014, não pode ter diploma de ensino superior, deve comprovar renda familiar de até três salários mínimos e ter cursado o ensino médio em escola pública, ou como bolsista integral em escola privada.
Regulamentação do ProUni
Além da definição do calendário, o MEC também publicou a regulamentação do processo seletivo para o ProUni. Segundo o documento, o estudante deverá obter um mínimo de 450 pontos no Enem para participação no programa.
Além disso, na semana passada foi divulgada, também, uma alteração que limita que estudantes utilizem ao mesmo tempo os recursos do Fies e a bolsa do ProUni. O documento fez exceção ao caso de se tratar de bolsa parcial do ProUni e o Fies ser usado para pagar o restante do valor quando ambos os benefícios se destinarem ao mesmo curso, na mesma instituições de ensino.