Demonstração para o equilíbrio de solubilidade
As figuras mostram de forma bastante clara o
que é o efeito do íon comum. À esquerda, uma solução aquosa saturada de cromato
de chumbo e respectivo precipitado no fundo do tubo de ensaio. Só há
precipitação quando se ultrapassa a saturação do soluto no solvente nas
condições do experimento. A esse sistema adicionamos gotas de solução aquosa de
cromato de potássio, sal solúvel em água. Enquanto se estabelece um equilíbrio entre os íons Pb(II) e cromato com o precipitado, isso não
ocorre com o sal de potássio devido à solubilidade deste. Ambos tem o íon
cromato como ânion, e o ânion do sal solúvel interfere no equilíbrio de
solubilidade do sal pouco solúvel (no caso, o de chumbo). Como a constate do
produto de solubilidade (Kps) não varia mantidas as condições do experimento, a
elevação da concentração de cromato em solução significa que a de Pb(II) deve
diminuir para que o produto de solubilidade seja satisfeito. Como resultado, a
solubilidade do PbCrO4 em solução de K2CrO4,
mesmo diluída, é menor do que em água pura. Isso demonstra o efeito do íon
comum (que, no caso, é devido ao ânion dos dois sais; o efeito também ocorre
quando os dois sais têm o mesmo cátion em comum). Na prática, esse efeito é
muito explorado, como nas reações de precipitação (análise gravimétrica), na
titulação (volumetria) de precipitação, e na preparação em laboratório ou
industrial dos mais variados sólidos a partir de reações de dupla troca ou de
metátese.
E que fique desde já informado que o efeito do íon comum também pode aparecer nos demais equilíbrios fundamentais em solução aquosa: ácido-base, oxirredução e complexação.
E que fique desde já informado que o efeito do íon comum também pode aparecer nos demais equilíbrios fundamentais em solução aquosa: ácido-base, oxirredução e complexação.
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